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  • Foto do escritorDaniel Gonzales

Vacas conectadas: tecnologia melhora produção de leite com inteligência artificial

Conheça iniciativas que usam alta tecnologia para monitoramento dos animais com soluções de internet das coisas e analytics


Vacas conectadas já são realidade no dia a dia da produção de leite no País. A alta tecnologia auxilia não só no aumento e melhor qualidade das produções, mas também no bem estar dos animais e na cadeia de distribuição do produto.


Uma das grandes empresas que já aplica a tecnologia é a Nestlé, que tem implantado uma série de iniciativas de promoção de bem-estar animal.



De acordo com a empresa, os sensores eletrônicos, semelhantes a brincos, usados nos animais, são capazes de monitorar a saúde e a felicidade das vacas. O brinco eletrônico integra o Projeto Cowsense, que a empresa desenvolve no Brasil para o acompanhamento dos animais produtores de leite orgânico.


COMO FUNCIONA


O dispositivo coleta e fornece informações sobre as principais atividades que expressam o comportamento natural das vacas: atividade ruminal, movimento e ócio e temperatura.


De acordo com o gerente de Milk Sourcing da Nestlé Brasil, Edney Murillo Secco, por meio de um sistema de inteligência artificial, o sensor cria algoritmos através da leitura de atividades que definem o comportamento padrão de cada vaca. Esses dados são enviados em tempo real para o produtor por meio de um aplicativo no celular e, se há algum comportamento que desvia do padrão, o produtor recebe um alerta pelo sistema.



"São informações precisas sobre a condição do animal, que permitem o produtor tomar melhores decisões sobre a gestão do rebanho, com mais eficiência e autonomia completa.

Um exemplo de indicador de bem-estar das vacas é a taxa de ruminação. "A vaca, exceto quando dormindo ou comendo, está sempre ruminando, como parte do processo de digestão. O sensor acompanha e mede a curva de atividade dos indicadores em tempo real. Qualquer variação nos resultados permite saber se o animal está bem, em cio reprodutivo, sob estresse ou com algum problema potencial, permitindo a intervenção antes que ela possa ficar doente, se for o caso", explica Secco.

PERCURSO DO LEITE


Até chegar à casa do consumidor, o leite percorre um longo percurso, que se origina na ordenha e inclui o resfriamento e o transporte até a indústria de laticínio, passando pela pasteurização e embalagem. E a alta tecnologia está presente em todas as etapas do processo.


Para monitorar todas as etapas desse processo e garantir a qualidade, a Sonda, maior empresa latino-americana de serviços de tecnologia, desenvolveu uma solução baseada em internet das coisas e analytics.


Batizada de Vaca Conectada, esta solução utiliza dados coletados de sensores posicionados não só nos animais, mas também nos tanques de resfriamentos das fazendas e nos caminhões que realizam o transporte do produto.



"A solução da Sonda é a primeira a disponibilizar a rastreabilidade do leite em toda a cadeia produtiva, verificando o comportamento do animal, o manejo e a ordenha", explica André Silva, CTO de Transformação Digital da empresa.


Os sensores fixados nos animais monitoram temperatura, passos, ruminação, potencial cio e enviam as informações para uma plataforma de inteligência artificial que indica, com clareza e informações de fácil acesso, ciclos reprodutivos, problemas de saúde ou alguma inconformidade no comportamento do animal.


Já os sensores alocados nos tanques de resfriamento indicam se a temperatura do produto está adequada aos padrões de mercado ou se ela sofreu alguma variação acima do permitido. A tecnologia também garante que o volume comercializado com o laticínio seja o mesmo indicado nos tanques, assegurando eficiência operacional e evitando perdas ou contaminação no momento da coleta.


Esse mesmo conceito também é aplicado aos caminhões que transportam o alimento. A ferramenta possibilita acompanhar toda a rota, monitorando a temperatura, número de vezes que o tanque foi aberto e se o leite foi retirado sem autorização.


Todo este sistema dispensa a necessidade de uma robusta infraestrutura tecnológica, como conectividade e energia nas fazendas. São utilizadas baterias com uma duração média de dez anos e redes de comunicação específicas para IoT (internet das coisas), além de possibilitar uma implementação simples, em um modelo plug-and-play.

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