Por meio da internet, peças femininas podem ser alugadas - e você também pode disponibilizar peças para compartilhamento
Em 2009, a empreendedora brasileira Isabel Braga teve a ideia de criar e apostar um
projeto de compartilhamento, via aluguel de bolsas. Após período de capacitação e estudos no Vale do Silício, em 2016, ela lançou a BoBAGS, que você pode visitar clicando aqui.
Inicialmente criada como uma plataforma de aluguel de bolsas e pioneira no mercado,
pensando no consumo consciente de moda, hoje, a BoBAGS é o único marketplace do
segmento no país, onde é possível alugar e comprar bolsas, cintos, óculos, camisetas, lenços e outros acessórios, e também disponibilizar o guarda-roupa pessoal para aluguel e venda. Tudo pela internet - e as entregas são feitas em qualquer lugar do Brasil.
O sucesso da empresa é reflexo de uma nova visão de consumo que tem impactado os
consumidores em todo o mundo. Ao liberar espaço no armário, quem coloca suas peças para
aluguel ganha dinheiro com itens que estavam parados, além de prolongar a vida útil dos
produtos, já que a BoBAGS cuida também da manutenção das peças que passam a fazer parte do seu estoque.
600 ITENS E PARCERIAS
O catálogo conta com mais de 600 itens disponíveis de marcas consagradas como
Balenciaga, Burberry, Chanel, Christian Dior, Goyard, Gucci, Hermès, Louis Vuitton, Prada,
Valentino e Versace, e está em constante expansão com marcas que são tendência e
lançamentos como Olympia Le-Tan, Off-White e Jacquemus. As peças também estão disponíveis para venda.
Atualmente, 15% dos pedidos são feitos por heavy users da plataforma. “Em 2018, a BoBAGS
‘devolveu’ ao bolso das pessoas cerca de R$ 22 milhões de poder de compra, ou seja, as
consumidoras ganharam a oportunidade de gastar esse dinheiro com outras coisas e não deixaram de ter acesso aos itens que queriam”, conta Isabel Braga.
Segundo dados da ONU Meio Ambiente, a indústria da moda representa entre 8% e 10% das
emissões globais de gases, é o segundo setor da economia que mais consome água e libera
500 mil toneladas de microfibras sintéticas nos oceanos. Segundo o mesmo estudo, cerca de
US$ 500 bilhões por ano são perdidos com o descarte de roupas e acessórios e as pessoas
consomem, atualmente, 60% mais peças do que há 15 anos atrás.
A marca pretende expandir ainda mais o seu acervo e investir em parcerias com
marcas e formadores de opinião interessados em alugar ou vender o seu closet. Uma das
grandes novidades, aliás, é o lançamento de um projeto piloto com a A.Brand, do grupo SOMA, um dos maiores do país, que vai permitir o aluguel de peças das coleções da marca.