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  • Foto do escritorDaniel Gonzales

Festival em São Paulo une arte e tecnologia

Entre os dias 26 de junho e 11 de agosto, o Centro Cultural Fiesp, na Avenida Paulista, São Paulo, vai receber o FILE – Festival Internacional de Linguagem Eletrônica -, que em seu 20º ano mantém a ênfase na inovação, destacando obras que unem arte e tecnologia.


Mostrar o que há de novo é a marca principal do FILE, que vem crescendo continuamente desde sua primeira montagem – já são 48 edições. Em 2018, o festival foi eleito uma das maiores exposições mundiais de arte (top 20) e de arte contemporânea (top 10) pela publicação internacional The Art Newspaper.


Além de games e obras que fazem uso dos mais avançados óculos de realidade virtual, o FILE traz 12 instalações, 13 trabalhos na categoria FILE Cinema Circular, 22 de Led Show, 70 de videoarte, 26 de hipersônica, 10 de web arte, 37 GIFs e 77 animações.


DESTAQUES


A Sense of Gravity, Teun Vonk, Holanda. Foto: Hanneke Wetzer


A instalação gigantesca “A Sense of Gravity”, do holandês Teun Vonk, permite que o visitante experimente uma nova forma de perceber a gravidade. Durante dois anos, o artista pesquisou como os corpos humanos percebem e reagem à gravidade.


Ele criou uma máquina de aparência futurista e tecnológica que abriga um ambiente dinâmico e macio e convida o espectador a se submeter a uma experiência física inusitada e intimista: uma vivência perceptiva individual para quem está dentro da obra e, ao mesmo tempo, um espetáculo para quem está fora dela.


Scope, Kristin McWharter, Estados Unidos


“Scope” consiste em dois óculos e fones de ouvido de RV (realidade virtual), conectados entre si por uma escultura rígida de cerca de 180 centímetros de comprimento. Conforme os dois espectadores se movimentam no espaço físico e virtual, orientam e influenciam um ao outro com a cabeça através da estrutura que os une.


A obra promove uma conjunção inovadora da força física com a realidade virtual, na qual os espectadores estão imersos em água e lutam contra a correnteza. A artista Kristin McWharter propõe, em suas obras, a interação de novas tecnologias com os espectadores.


Into The Wind, Witaya Junma, Tailândia


“Into the Wind” consiste em uma instalação que promove a interação dos sopros do espectador, que geram bolhas de sabão.


As formas das bolhas variam de acordo com os sopros – o visitante pode observar o processo e o mecanismo, graças às estruturas transparentes. Inspirada pela observação de cenas da vida cotidiana, a obra tem como foco principal o vento, como força natural que flui entre as pessoas; o espectador é convidado à experiência de reproduzir o vento ao desencadear mecanismos especiais por meio da respiração.


Tempo: Cor, Pedro Veneroso, Brasil


A instalação “Tempo: cor” será lançada mundialmente no FILE – composta por 7 relógios cromáticos, cada qual em um fuso horário, converte as horas em cores.


Criação do artista brasileiro Pedro Veneroso, a obra propõe o estudo da relação do tempo com as cores. A ideia é vivenciar o tempo mais como realidade intensiva e menos como quantificação matemática, e provoca o questionamento dos códigos e das notações considerados axiomáticas.


Sunflowers, Sam Twidale & Marija Avramovic, Sérvia e França (ao lado)


Inédita, a animação “Sunshowers” é inspirada no filme “Sonhos”, de Akira Kurosawa, e produzida com inteligência artificial.


Todos os objetos do vídeo, tanto naturais como artificiais, são dotados de uma inteligência artificial que decide, em tempo real, as ações e caminhos no roteiro, levando a desfechos diferentes. A obra, dessa forma, explora ideia de animismo e tecno-animismo, que estão na vanguarda da animação atual.


INOVAÇÃO NO DNA


Em 20 anos de festival, foram realizadas 48 exposições, reunindo cerca de 6.000 artistas de mais de 85 países diferentes, com exibições de arte interativa; arte imersiva; machinimas; videoarte; animações; games; GIFs; robótica; animatrônica; inteligência artificial; LED show; e performances. Desde 2000, o festival recebeu um público de mais de um milhão de visitantes, passou por 13 cidades (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Brasília, Vitória, São Luís do Maranhão, Petrópolis, Luanda, Roterdã, Florença, Tóquio) e produziu 37 publicações bilíngues.

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